Entre fitas, algoritmos e futuros rolês

Falar sobre música sempre foi absolutamente natural pra mim, já que minhas maiores e mais divertidas amizades na época de escola eram dividindo fones de walkman e mostrando as fitas que eu fazia no meu cotidiano, uma mistura do que tocava nas rádios com o que eu encontrava perdido na infinita e variada coleção dos meus irmãos mais velhos.

Mas veja bem, quando eu digo variadanão é piada.
De um lado eu tinha um irmão ouvindo hard rock, punk e outras vertentes do gênero. Do outro, saía de tudo: sertanejo, axé, pagode e sei lá mais o quê. Então, acredite: quando eu criei uma identidade musical, ela parecia mais uma dissertação variada do que um alvo. Afinal, eu aprendi a curtir e achar o que havia de bom em todos os mundos!

Mas eu já volto para esse assunto…

Bom, esse jovem de 40 anos da Zona Sul de São Paulo encontrou o amor há mil quilômetros de distância e, como já apresentei um pouco para vocês, pesquisei! Quis descobrir a música de onde ela veio, sem saber que eu iria parar no mesmo lugar!

Agora, com alguns shows do Bando do Velho Jack na bagagem, outros shows locais na concha que nem sei contar a história e muito mais, já se passaram dez anos desde que tive uma coluna sobre música no MS. Fiz chover em época de seca com um podcast e várias mixtapes!

Agora, venho aqui me oferecer como cobaia. Vamos mergulhar na cultura, na música e nos rolês de MS, me preparando para buscar minha filha nos próximos anos nesses lugares e podendo fazer ela passar a vergonha apropriada.

E qual vai ser o rolê dela?
E eu lá vou saber, minha gente! Pessoas mudam, se adaptam, conhecem coisas novas, voltam para coisas velhas.

Se ela vai ouvir k-pop, rap, sertanejo, rock ou outro estilo que nem está no meu radar atual é uma verdadeira incógnita. Mas esse mistério é legal!

Menos pro meu algoritmo do Spotify… Pensa num coitado que não me entende.

Quero falar sobre bandas, DJs e sobre o cenário cultural que se apresenta hoje e o que está reservado para o futuro.

A CNN disse em matéria recente que a geração Z está revivendo o rock.
Bandas como o Turnstile me dão uma impressão diferente: nada está sendo trazido de volta, mas sim recriado.

Aproveitam aqueles artistas que ainda têm alguma relevância emocional ou identificação de dores, mas novas dores e novos cenários trazem uma sonoridade e uma letra diferentes, que falam exatamente com eles.

Nunca estivemos tão perto do grunge, nunca estivemos também tão longe.
A mesma coisa vale para o punk e outros estilos.

Menos o metal.
Acredito de verdade que o metal transporta você para uma idade específica. Não é novo, não é velho e também, tem dor nas costas, mas disposição.
Enfim, vai saber onde fica esse buraco negro.


Falei demais, confundi todo mundo. Vai ser assim daqui para frente.
Vamos juntos?

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