Gagueira: fala que encontra seu ritmo 

Você já parou pra pensar quantas pessoas enfrentam a gagueira — ou disfluência — no Brasil? 

Pois é: estima-se que 10 milhões de brasileiros passem por episódios de gagueira, sendo cerca de 2 milhões de forma crônica. Ou seja: não é algo raro — e merece atenção, empatia e conhecimento.

Desde 22 de outubro de 1988, foi instituído o Dia Internacional de Atenção à Gagueira pela Associação Internacional de Fluência (IFA) e pela International Stuttering Association (ISA). 

A ideia é promover conscientização, desmistificar ideias erradas sobre a gagueira e reforçar que quem fala com dificuldade também precisa de respeito, oportunidades e apoio.

O que é a gagueira — e como ela se manifesta

Gagueira é um distúrbio da fluência da fala marcado por repetições (de sons, sílabas ou palavras), prolongamentos ou bloqueios na hora de falar. Quem gagueja sabe exatamente o que quer dizer — só que, às vezes, o fluxo da fala trava.

Há vários tipos e causas possíveis: fatores genéticos, neurológicos, emocionais e linguísticos entram na jogada. A gagueira pode surgir na infância (é o caso mais comum), às vezes nem percebida logo — cerca de 5% das crianças apresentam disfluências nessa fase. 

Por que é urgente dar atenção?

  • Diagnóstico e intervenção precoce podem fazer diferença: quanto mais cedo agir, maiores as chances de minimizar impactos emocionais, sociais e escolares.
  • Combater o preconceito: quem gagueja frequentemente sofre interrupções, olhares ou julgamentos. Conscientização = menos discriminação.
  • Apoio contínuo: o tratamento nem sempre é um “fim” — pode ser um processo de adaptação, autoconfiança e fluência adaptada.

Fonoaudiólogos — profissionais da saúde que atuam com linguagem, fala, voz e comunicação — têm papel central no acompanhamento da gagueira e no acolhimento de quem precisa de suporte. 

No Brasil, durante outubro, profissionais de fonoaudiologia, associações e comunidades promovem campanhas — com palestras, vídeos, rodas de conversa e conteúdos para mostrar que a gagueira não define a pessoa. 

*Fonte: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia / Instituto Brasileiro de Fluência

Rolar para cima